A economista Beatriz Neves concedeu entrevistas para a RECORD TV e SBT sobre os impactos no bolso do brasileiro no que tange o aumento de preços da Petrobrás, visto que nos últimos dias o barril do petróleo e gás natural vem disparando. Confira mais detalhes abaixo:
O petróleo e seus derivados vêm acumulando as maiores altas em 14 anos. A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e corresponde a 10% da produção global e desde o início do conflito com a Ucrânia, a produção diminuiu e elevou o preço da comoditie, já que a precificação dela é feita por oferta e demanda.
Como o Brasil não produz o petróleo pronto para uso, tem que exportar o bruto e recomprar o já refinado. A recompra é atrelada aos preços do resto do mundo. Por isso, o mercado interno fica refém do câmbio (que desde 2020 está em patamares elevados), do conflito entre Rússia e Ucrânia (que acarreta quebra na oferta), fora os impostos embutidos no preço da gasolina e no gás de cozinha (GLP), dentre os mais onerosos o ICMS.
Com tal cenário internacional, a Petrobrás reajustou os preços em 18,8% para a gasolina, 24,9% para o diesel e 16,1% para o gás de cozinha. Mesmo com a defasagem nas margens da petroleira, o consumidor já irá sentir no bolso esse reajuste de forma direta e indireta.
A forma direta acontece na hora de abastecer o veículo no cotidiano e na compra do gás de cozinha. De forma indireta, nos preços dos produtos em geral com elevação no frete (que vem embutido no custo do produto) porque com o diesel em alta toda a cadeia de distribuição é afetada, visto que o principal modal logístico no país é o rodoviário, além dos produtos que têm o petróleo como matéria-prima ou insumo como lubrificantes industriais, cosméticos, plásticos etc.
O senado, junto ao ministério da Economia, aprovou a unificação do ICMS e um auxílio combustível para motoboys, motoristas de aplicativos e caminhoneiros. Ações que visam combater e amenizar os efeitos da elevação dos preços.
Economista Beatriz Neves
Consultora da Fabri Consultoria
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